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terça-feira, 11 de março de 2014

Desvio Fonológico, Distúrbio Articulatório ou Dislalia?


Apesar de estes termos serem encontrados na literatura e no uso corrente dos profissionais de fonoaudiologia para designar alterações de ordem fonológica, eles não são sinônimos. É importante fazer uma distinção conceitual entre eles:


Desvio Fonológico:
A Fonologia estuda a maneira como o sistema de sons (fonemas) de uma língua se organiza e funciona. Também os classifica em unidades mínimas, que se distinguem entre si (fonemas – menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significados entre as palavras).
A aquisição do sistema fonológico é gradual e realizada a partir de simplificações da fala adulta (processos fonológicos). Essas simplificações vão sendo gradativamente superadas e adequadas ao padrão adulto. Esse é um processo mental, cognitivo, no qual a criança vai construindo uma consciência dos traços sonoros que compõem e distinguem os fonemas.
Até a idade de cinco anos, em média, a criança deve ser capaz de usar corretamente os fonemas da língua.
O Desvio Fonológico é um transtorno linguístico em que ocorre uma desorganização no sistema fonológico da criança frente ao sistema padrão da comunidade linguística a qual ela pertence. Essas alterações na produção da fala ocorrem sem que existam problemas de ordem motora, intelectual ou emocional.

Distúrbio Articulatório e Dislalia:
A Dislalia foi um termo utilizado para indicar dificuldades na articulação dos fonemas ocasionadas por alterações funcionais nos órgãos periféricos da fala.
Distúrbio Articulatório é a expressão utilizada atualmente, em substituição ao termo Dislalia.
Neste transtorno de natureza funcional, portanto, é o aspecto motor da linguagem – os movimentos articulatórios – que se encontra prejudicado, sem que haja uma causa orgânica que o justifique.

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