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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Gagueira inofensiva: saiba como ajudar seu filho

Tropeços são comuns quando as crianças começam a falar. Se os pais ficam muito ansiosos, isso pode atrapalhar
Filho diz à mãe: “Quero bo... bo... lacha de choco... co... co... late”. No início, ela acha que foi um deslize. Como a dificuldade de comunicação continua, a mãe começa a pensar que o filho é gago. Pura ansiedade dos pais. Não existe um real diagnóstico de gagueira nessa idade. “Esse tropeço é natural e pode acontecer com algumas crianças. Nessa fase, ela começa a juntar palavras para formar frases pequenas. Como ainda está no processo de aquisição da linguagem, pode surgir uma dificuldade na hora de elaborar a sentença. Ela está começando a montá-la na cabeça e se fixa no começo porque está lembrando como terminar”, explica a fonoaudióloga Simone Boacnin.
Muitas vezes os pais dão muita atenção para os tropeços do filho. Ficam ansiosos, demonstram preocupação e até comentam o fato na frente dele. A criança, lógico, nota e se sente cobrada. Também fica ansiosa — lembre-se: ela está no processo de aprender a falar frases, o que não é exatamente fácil —, com medo de se expressar, gaguejando mais, e por mais tempo. Por isso, pais e adultos próximos devem tratar o assunto de forma natural, deixando a criança gaguejar.

Quando demora
Geralmente, depois de dois ou três meses que começou a elaborar sentenças, formadas por duas ou três palavras no máximo, ela se sente mais segura e a gagueira temporária desaparece. “Ela só é considerada um problema se persistir por mais tempo ou for piorando. É o caso de procurar a ajuda de um fonoaudiólogo para avaliar o que ocorre”, aconselha a psicopedagoga Quezia Bombonatto. Existem várias linhas de tratamento, do mais técnico até o que é feito com a ajuda de psicólogos. Vale a pena consultar mais de um profissional para conhecê-las. Se a gagueira permanecer por mais tempo, também não significa que a criança será gaga no futuro — desde que seja tratada. 
Para ajudar seu filho
- Deixe-o falar naturalmente, mesmo gaguejando.
- Jamais dê bronca.
- Não repita o erro da criança. Fale certo, pois ela aprende por imitação.
- Se ela falar á... á... gua, diga: “Você quer água?”, e dê o copo. Colocar a palavra dentro de uma frase é melhor do que apenas dizer a palavra.
- Não comente e não deixe outras pessoas falarem sobre os tropeços na frente da criança.
- A gagueira tem a ver com o ambiente emocional em que ela vive. Mantenha-a tranqüila enquanto aprende a falar, sem cobranças. 
Fonte: Revista Crescer

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